MCMV: vendas aumentando e opções cada vez melhores

Além de estar alavancando a venda de imóveis populares, o Programa Minha Casa Minha Vida, lançado há quase 10 anos pelo Governo Federal passa por mudanças significativas no mercado da construção civil. Atraindo o interesse de muitas construtoras que viram na iniciativa uma boa forma de aliviar as consequências da crise econômica, aumenta o número de imóveis adquiridos com auxílio do MCMV que também estão surgindo em formatos mais modernos.

Ainda no ano passado, o número de imóveis vendidos pelo programa teve um aumento maior que o próprio número de total de comercializações. De acordo com o Ministério das Cidades, enquanto a venda de imóveis evoluiu 6,1%, as aquisições pelo MCMV subiram 28,1%. Já neste ano, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) registrou um aumento de 19,6% só entre janeiro e julho, se comparado ao mesmo período do ano anterior. Mas o que pode ter elevado a procura por esse padrão de imóveis? O primeiro fator, com certeza foi a flexibilização das regras, viabilizadas pelo governo há quase dois anos, que aumentaram o limite de renda para as faixas salariais de 1,5, 2 e 3. Uma das formas encontradas para aquecer o mercado abalado pela crise financeira e também para atender à grande demanda por moradia no Brasil.

É muito comum relacionar o déficit habitacional à falta de imóveis ou ao número de pessoas em situação de vulnerabilidade, mas é preciso lembrar que o índice também leva em consideração a qualidade da moradia. O cálculo realizado para medir o déficit habitacional considera, entre outras coisas, o número de famílias que vivem em em condições precárias, em moradias construídas de forma improvisada ou em casas nas quais reside um número excessivo de pessoas. Resumindo, a demanda por imóveis é um problema não só quantitativo como também qualitativo.

Justamente no que diz respeito à qualidade das residências viabilizadas pelo Minha Casa Minha Vida, mesmo que o programa possua normas prevendo as condições mínimas de infraestrutura, podemos notar uma melhora significativa especialmente em empreendimentos dedicados a imóveis enquadrados na faixa 1,5. Mesmo com apartamentos custando até R$ 135.000, as construtoras estão conseguindo elevar o padrão destes empreendimentos com opções diferenciadas que vão desde o ambiente privativo até áreas de uso comum dos condomínios.

Não precisamos ir longe para acompanhar essas mudanças. Em Passo Fundo mesmo, seja através de construtoras locais ou de fora, os lançamentos dedicados a atender o público do MCMV estão mais modernos, oferecendo apartamentos com sacada aberta e churrasqueira, além de condomínios mais amplos, com salão de festas, playground, quiosques, quadras esportivas, praças e até mesmo área pet, uma tendência já encontrada nos empreendimentos de médio e alto padrão. Esse investimento por parte das construtoras prova o quanto é possível suprir a demanda por maior qualidade de vida, independentemente do orçamento disponível. Afinal de contas, viver bem é um desejo em comum entre todas as pessoas.

Agora, com a situação política se encaminhando para uma estabilidade com a eleição do novo presidente, a tendência é ainda mais positiva para os números do Minha Casa Minha Vida. Com o grande volume de crédito disponível no mercado e o governo seguindo a investir nos programas federais de moradia, certamente os números continuarão a crescer no próximo ano e muitas famílias poderão se sentir mais confiantes para alcançarem a tão sonhada casa própria.